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Entenda os Fatores de Riscos Psicossociais na nova NR-1

Foto do escritor: IMPACTO ENGENHARIA E CONSULTORIAIMPACTO ENGENHARIA E CONSULTORIA

Atualizado: 21 de dez. de 2024

Introdução


Neste post, vamos explorar o tema essencial dos fatores de riscos psicossociais no ambiente de trabalho, conforme destacado na recente atualização da NR-1 no Brasil.

Os leitores poderão compreender a importância de identificar e gerenciar esses riscos para melhorar a saúde mental e emocional dos trabalhadores.


Contexto


Devido à falta de consenso dentro da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) do Brasil, o governo incluiu os riscos psicossociais na NR-1, enfatizando seu papel crítico na saúde ocupacional.


Com o aumento global dos problemas de saúde mental, o objetivo é promover o bem-estar mental além da segurança física. Isso não requer um diploma de psicologia, mas sim uma compreensão de princípios como a ergonomia cognitiva, incentivando a colaboração entre profissionais de segurança, engenheiros e psicólogos.


Estrutura

  1. Introdução aos Fatores de Riscos Psicossociais na NR-1

    • Explicação sobre a NR-1 e suas atualizações recentes.

  2. Entendendo os Fatores de Riscos Psicossociais

    • Definições e exemplos de riscos psicossociais.

  3. Diferença entre Risco e Perigo

    • Esclarecimento entre risco e perigo, incluindo exemplos.

  4. Perigos Psicossociais no Trabalho

    • Destaque para perigos psicossociais comuns, como burnout e estresse.

  5. Como Gerenciar os Riscos Psicossociais?

    • Etapas no gerenciamento de riscos psicossociais, com referência à ISO 45003:2021.

  6. A Importância da Liderança e Participação dos Trabalhadores

    • Ênfase no compromisso organizacional para o gerenciamento de riscos.

  7. Política de Saúde e Segurança no Trabalho (SST)

    • Diretrizes para a criação de políticas de apoio à gestão de riscos psicossociais.

  8. Ciclo PDCA na Gestão dos Fatores de Riscos Psicossociais

    • Visão geral do ciclo PDCA na gestão dos fatores psicossociais.



 

Descubra como a NR-1 aborda os fatores de riscos psicossociais no trabalho e a importância de gerenciá-los para promover saúde mental no ambiente de trabalho.


1. Introdução aos Fatores de Riscos Psicossociais na NR-1


A nova atualização da NR-1, implementada em 26/05/2025, trouxe mudanças significativas para a área de Segurança e Saúde no Trabalho (SST). Com a inclusão dos fatores de riscos psicossociais, a NR-1 reforça a importância de abordar o bem-estar mental no ambiente de trabalho. Este ajuste foi necessário para acompanhar o aumento de doenças mentais, um fenômeno crescente globalmente e com projeções alarmantes para o futuro. A nova regulamentação incentiva as empresas a incorporarem boas práticas para a saúde psicológica dos trabalhadores.

A NR-1 não exige que o profissional seja especialista em psicologia, mas enfatiza a importância de entender princípios básicos, como a ergonomia cognitiva. Esses princípios abordam aspectos emocionais, sociais e comportamentais que, se negligenciados, podem impactar negativamente a saúde dos colaboradores. Esse conhecimento deve ser compartilhado entre colegas e profissionais de SST para desenvolver um ambiente de trabalho mais saudável e inclusivo.

Descubra como a NR-1 aborda os fatores de riscos psicossociais no trabalho e a importância de gerenciá-los para promover saúde mental no ambiente de trabalho.


2. Entendendo os Fatores de Riscos Psicossociais


Os fatores psicossociais são características das condições de trabalho que podem afetar a saúde mental e física dos colaboradores. São exemplos desses fatores a sobrecarga de trabalho, a monotonia e a falta de apoio. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta como riscos psicossociais, além da sobrecarga, o assédio, a violência, o stress e a insegurança no emprego. A presença de tais fatores pode afetar significativamente o equilíbrio emocional e o desempenho dos trabalhadores, prejudicando o ambiente de trabalho e a produtividade.

Ao tratar desses riscos, a NR-1 se alinha às diretrizes internacionais para a criação de um ambiente de trabalho mais seguro e respeitoso. As empresas são incentivadas a identificar, avaliar e gerenciar esses fatores, buscando prevenir transtornos como o burnout e o stress crônico. Isso se traduz em um compromisso com o bem-estar psicológico dos trabalhadores, promovendo uma cultura de apoio mútuo e cooperação.


3. Diferença entre Risco e Perigo


Entender a diferença entre risco e perigo é fundamental para gerenciar os riscos psicossociais. Enquanto o perigo é uma fonte com potencial de causar dano, o risco é a probabilidade de que esse dano ocorra em determinadas condições de trabalho. Por exemplo, o perigo pode ser representado pela carga de trabalho elevada, enquanto o risco envolve a chance de que essa carga excessiva leve ao desenvolvimento de doenças mentais.

Para gerenciar riscos psicossociais, é essencial identificar os perigos presentes e avaliar a probabilidade de ocorrência de danos. Esse processo de avaliação auxilia as empresas a implementar medidas de prevenção eficazes, mitigando os riscos e garantindo um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para todos.



Descubra como a NR-1 aborda os fatores de riscos psicossociais no trabalho e a importância de gerenciá-los para promover saúde mental no ambiente de trabalho.


4. Perigos Psicossociais no Trabalho


Os perigos psicossociais comuns incluem o burnout, o estresse crônico, a depressão e a ansiedade. Essas condições resultam de interações negativas no ambiente de trabalho, como a falta de apoio ou a pressão excessiva.

O burnout, por exemplo, é um estado de exaustão extrema causado por sobrecarga emocional e pode levar a sérias consequências para a saúde mental e física dos trabalhadores.

Além disso, a exposição a situações de violência, seja moral ou física, também representa um perigo significativo. Esses perigos não apenas afetam o indivíduo, mas também comprometem a dinâmica organizacional, elevando os níveis de absenteísmo e reduzindo a eficiência da equipe. As empresas devem priorizar a identificação e o tratamento desses perigos para garantir um ambiente de trabalho seguro.


5. Como Gerenciar os Riscos Psicossociais?


O gerenciamento dos riscos psicossociais segue algumas etapas essenciais: diagnóstico, levantamento, identificação, avaliação e planejamento. Esse processo deve estar alinhado ao novo texto da Portaria MTE 1.419 NR-1, Capítulo 1.5, que incorpora os fatores psicossociais à legislação trabalhista. A norma ISO 45003:2021 também oferece diretrizes que podem ser aplicadas no gerenciamento desses riscos, auxiliando as empresas na criação de um ambiente de trabalho mais saudável.

A aplicação dessas etapas deve ser acompanhada de uma análise contínua, envolvendo todas as áreas da empresa, desde a alta administração até os funcionários.

Com uma abordagem holística, o gerenciamento dos riscos psicossociais torna-se mais eficaz, promovendo o bem-estar dos trabalhadores e prevenindo doenças.


6. A Importância da Liderança e Participação dos Trabalhadores


Para uma gestão de riscos bem-sucedida, é fundamental que a liderança demonstre compromisso e incentive a participação dos trabalhadores. Isso cria um ambiente de transparência e confiança, onde todos se sentem responsáveis pelo bem-estar coletivo. A alta administração deve atuar ativamente, fornecendo os recursos necessários para a implementação das políticas de prevenção.

A gestão dos riscos psicossociais depende da colaboração entre todos os níveis hierárquicos. Um ambiente de trabalho que valoriza a participação ativa e o comprometimento dos funcionários contribui para a redução dos riscos e promove a saúde mental, criando uma cultura organizacional mais saudável.


7. Política de Saúde e Segurança no Trabalho (SST)


A criação de uma política sólida de SST é essencial para o gerenciamento dos riscos psicossociais. A política deve incluir compromissos claros com a prevenção de doenças mentais e a promoção do bem-estar, estabelecendo uma estrutura para monitoramento e melhoria contínua. É recomendável que a política seja revisada periodicamente para se manter relevante e eficaz.

Essa política deve estar em consonância com outras políticas organizacionais, como recursos humanos e responsabilidade social. Um ambiente que valorize a dignidade, o respeito e a confidencialidade contribui para a criação de uma cultura organizacional onde o bem-estar psicológico é uma prioridade.


8. Ciclo PDCA na Gestão dos Fatores de Riscos Psicossociais


O ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act) é uma ferramenta eficaz para a gestão contínua dos fatores de riscos psicossociais.

Com ele, é possível planejar ações, implementar melhorias, monitorar resultados e ajustar estratégias conforme necessário. Esse ciclo é fundamental para garantir que a empresa esteja em constante evolução no que diz respeito à gestão de riscos psicossociais.

A aplicação do PDCA permite que a organização avalie continuamente o desempenho, consulte os trabalhadores, revise processos e realize auditorias. Dessa forma, as ações de melhoria são baseadas em dados concretos, garantindo um ambiente de trabalho mais seguro e promovendo o bem-estar dos colaboradores.



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